quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ciências Humanas

A História do Bairro de Padre Miguel:


O Padre Miguel :

O nome do bairro homenageia o Padre e Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochon, espanhol da Andaluzia, vigário de Realengo. Nascido em 1879, Padre Miguel foi o reformador da Igreja Nossa Senhora da Conceição e o criador da primeira Escola Regular da Região, estendendo suas viagens de catequização aos engenhos de N. Sra. da Conceição da Pavuna e do Botafogo, pelo chamado “Caminho do Padre”.

Padre Miguel, além de incentivar o teatro amador, foi o segundo personagem da Cidade do Rio de Janeiro a exibir filmes de curta duração - sua casa paroquial transformou-se em sala de projeção e cinema de referência local. Esse notável personagem veio a falecer no ano de 1947, e seus restos mortais estão, desde 1957, no cemitério do Murundu (DE MYRO-ND-HUÚ, “Lôdo Revolto”), o único da região entre Realengo e Senador Camará.




Nesta foto, Padre Miguel ao lado de algumas crianças em frente a uma de suas salas de projeção.




Igreja onde estão os Restos Mortais de Padre Miguel.



Imagem do Túmulo de Padre Miguel, dentro da Igreja Nossa Senhora da Conceição, onde foi feita essa Grande Homenagem ao Padre.

O Bairro de Padre Miguel:

A história de Padre Miguel coincide com as dos bairros vizinhos Realengo e Bangu. Parte de suas terras pertenciam aos latifúndios dos herdeiros da família Barata, o tenente João e o Alferes Sebastião Barata, que obtiveram vastas sesmarias até o sopé do Maciço de Gericinó. A fazenda da Água Branca, desmembrada, deu origem a loteamentos, atravessados pela avenida Brasil.
Padre Miguel é um bairro de classe média baixa da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, entre os bairros de Bangu (oeste) e Realengo (leste). É lá que se situam as escolas de samba Mocidade e Unidos de Padre Miguel. Nos finais de semana, outra atração é o Ponto Chic, reduto boêmio do bairro. É também em Padre Miguel que se localizam as Faculdades Integradas Simonsen (FIS).




Faculdade de referência que se localiza no bairro

A Rede Ferroviária:

Com a implantação da linha férrea do ramal de Mangaratiba, foi inaugurada, em 06 de abril de 1940, a estação de “Moça Bonita”, assim chamada por ali próximo ter morado uma moça encantadora que chamava a atenção dos cadetes da Escola de Realengo que, em dias de folga, passavam no local “para ver a Moça Bonita”. Em 1947, com a morte do Padre Miguel, a estação recebeu o seu nome.

Hoje a estação é denominado Mocidade Padre Miguel, em referência à quadra da escola de samba Mocidade Independente, um dos pontos atrativos do bairro de Padre Miguel. Foi aberta em 1940 e seu nome é em homenagem o Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochon, nomeado em 1910 como primeiro vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Realengo.





Estãoção Fevoriária "Mocidade Padre Miguel", estação que dá acesso a Escola de samba do bairro.

O G.R.E.S Mocidade Independente de Parde Miguel:

Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, sendo localizada na Rua Coronel Tamarindo, no bairro de Padre Miguel mas que futuramente pode ser sediada na Avenida Brasil, no mesmo bairro.
Foi fundada em 10 de novembro de 1955 a partir de um time de futebol amador da época, o Independente Futebol Clube. No entanto seu crescimento maior foi após os anos 1970, quando passou a ser patrocinada pelo bicheiro Castor de Andrade, seu grande torcedor.





Essa é a bandeira da Mocidade Independe de Padre Miguel, escola de samba símbolo do bairro.

História:

Foi fundada por Sílvio Trindade, Renato da Silva, Djalma Rosa, Olímpio Bonifácio (Bronquinha), Garibaldi F. Lima, Felipe de Souza (Pavão), Altamiro Menezes (Cambalhota) e Alfredo Briggs. Sua primeira bandeira da escola foi oferecida por Gilda Faria Lima, sendo a primeira rainha da escola Neuza de Oliveira.


Em 1955, o time de futebol Independente Futebol Clube transformara-se em bloco, participando de um concurso de blocos em Padre Miguel, promovido pelo falecido político Waldemar Vianna de Carvalho. Como houve um empate entre esta e o Unidos de Padre Miguel, Waldemar resolveu as coisas de modo diplomático, considerando a Mocidade uma escola de samba e dando-lhe o primeiro lugar na categoria, premiando assim o Unidos de Padre Miguel como melhor bloco.

Em 1956, apresentou o enredo "Castro Alves", novamente num desfile local. Em 1957, participou pela primeira vez do desfile oficial no Rio de Janeiro, com o enredo "O Baile das Rosas", quando tirou um 5° lugar. No ano de 1958, foi campeã do segundo grupo com o enredo "Apoteose ao Samba". De 1959 em diante passou a integrar o grupo principal e não desceu mais.

Em 1958, a bateria, sob a batuta de Mestre André, deu pela primeira vez a célebre "paradinha" em frente à comissão julgadora, mantendo o ritmo para que a escola continuasse evoluindo. O povo passaria, mais tarde, a acompanhar tal "bossa" com o grito de "Olé". Durante este período, a Mocidade era conhecida como "uma bateria que carregava a escola nas costas", pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, que só alguns anos depois teria condição de competir com as grandes da época (Portela, Império Serrano, Salgueiro e Mangueira).

No ano de 1974, com o carnavalesco Arlindo Rodrigues, apresentou o enredo "A festa do Divino", tirando um 5° lugar. Mas neste ano ela poderia ter ganhado o campeonato, se não tirasse uma nota 4 em fantasia - o que foi considerado um escândalo, na época, visto que Arlindo era conhecido e consagrado pelo bom gosto e requinte nas fantasias. A campeã Salgueiro teve apenas 4 pontos a mais que a Mocidade, ou seja, um simples 8 em fantasias daria o título à Padre Miguel, visto que no quesito de desempate, bateria, o Salgueiro tinha 9 e a Mocidade 10.

Desde então, a escola deixava de ser conhecida apenas por sua bateria, para impor-se como grande escola de samba. Em 1975, a Mocidade vence pela primeira vez as "quatro grandes", num desfile realizado em outubro durante o congresso da ASTA - American Society of Travel Agents, no Rio de Janeiro, em que as escolas do grupo principal realizaram um desfile competitivo, a Mocidade foi campeã.

Em 1976, por ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a Mocidade conquista o seu primeiro campeonato com "O Descobrimento do Brasil".

No ano seguinte, assumiu o carnaval Fernando Pinto, produzindo desfiles excepcionais na Mocidade e projetando-se como um dos mais criativos e inventivos carnavalescos já conhecidos.

No primeiro ano de Fernando Pinto na Mocidade, em 1980, a escola conquistou um segundo lugar com o enredo "Tropicália Maravilha". Em 1983, a Mocidade recebe o Estandarte de Ouro de melhor comunicação com o público com o enredo "Como era verde o meu Xingu". Fernando permaneceu na escola até 1988 e fez grandes carnavais na Mocidade na década de 1980: além de "Tupinicópolis", deu à escola o título de 1985, com "Ziriguidum 2001". Nesse carnaval, a Mocidade entraria na Avenida com um enredo futurista, projetando o carnaval do próximo século.


Era Renato Lage e morte de Castor de Andrade

Em 90, a Mocidade passaria ao comando de Renato Lage, que consagrou a escola em três anos: em 90, contando sua própria história ("Vira Virou, a Mocidade Chegou"); em 91, falando sobre a água ("Chuê, Chuá… As Águas Vão Rolar"); e em 96, com um enredo sobre a relação entre o homem e Deus ("Criador e Criatura").
Em 1997, a Mocidade perdeu seu patrono maior, Castor de Andrade. Dois anos depois, a escola fez um desfile primoroso, com uma merecida homenagem à Villa-Lobos, com o enredo "Villa-Lobos e a Apoteose Brasileira". O público vibrou com o desfile. Porém, neste ano, uma decepção aconteceu: a Mocidade, que sempre se concentrou ao lado dos Correios, precisou se concentrar em frente ao edifício conhecido como "Balança Mas Não Cai", perto do qual há um viaduto que frequentemente atrapalha as alegorias das escolas que ali se concentram. No caso da Mocidade, não deu outra: a escola demorou demais a por os destaques nos grandes carros alegóricos e abriu um enorme buraco entre os setores 1 e 3, logo no começo da passarela. Apesar da grande falha, certamente foi a campeã para muita gente que viu e se emocionou com aquele belíssimo desfile.

Em 2000, a Mocidade veio literalmente vestida com as cores do Brasil, apresentando o enredo "Verde, Amarelo, Azul-Anil Colorem o Brasil no Ano 2000". O belíssimo e imponente carro abre-alas, uma imensa nave espacial dos índios do futuro, deu uma amostra do que seria a escola. A Mocidade passou muito bem, mas o samba-enredo arrastado impediu que a escola decolasse e atingisse colocações melhores. Mesmo assim, ficou em um honroso quarto lugar, credenciando-se ao Desfile das Campeãs.

Após o carnaval de 2002, Renato Lage deixou a escola.


Depois da era Renato Lage

Em 2003, assumiu o carnavalesco Chico Spinoza, que levou para a avenida enredos de cunho social, como doação de órgãos e educação no trânsito. Em 2005, com a mudança da diretoria, a Mocidade contrata um carnavalesco de característica clássica, Paulo Menezes. Seu carnaval fez lembrar as formas de Arlindo Rodrigues, porém a escola terminou na 9a colocação .

Em 2006, entra Mauro Quintaes, com o carnaval sobre os 50 anos da escola, porém a escola naufragou mais uma vez, inclusive a escola sendo vaiada no setor 1 terminando na 10a colocação.

Em 2007 entra outro carnavalesco Alex de Souza que contou a história do artesanato terminando na pior colocação desde a era Castor de Andrade, na 11º colocação. Para 2008, a escola trocou outra vez de carnavalesco, desta vez trouxe Cid Carvalho, que com um enredo temático dos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, consegue melhorar um pouco em relação ao carnaval passado, na 8ª colocação.

Para 2009 a escola trouxe de volta Wander Pires como sua voz oficial e Mestre Jorjão. Além disso, o carnavalesco Cláudio Cebola, que fazia parte da comissão de carnaval, foi promovido a carnavalesco oficial. O enredo, a princípio seria uma homenagem ao centenário da morte do escritor Machado de Assis, mas foi posteriormente alterado, com a inclusão também de Guimarães Rosa no tema, sendo um completo fiasco. Última escola do Grupo Especial a definir seu samba para 2009, a Mocidade enfrentou algumas polêmicas nesse processo, quando escolheu um samba com características pouco convencionais e que era preterido pela maioria da comunidade e afastou o diretor José Luiz Azevedo, e no final terminou na 11º colocação, ficando perto de descer para o Grupo A.

Para 2010 a escola trouxe de volta, o carnavalesco Cid Carvalho. além de David do Pandeiro, que dividiu com nêgo e da estreia de Bêreco como diretor de bateria. mostrou o enredo Do paraíso de Deus ao paraíso da loucura, cada um sabe o que procura, conseguiu melhorar em relação ao carnaval passado, na 7º colocação.

No ano de 2011, a Mocidade continua com Cid Carvalho como carnavalesco, Nêgo como cantor oficial, junto com Rixxah. falará sobre a história da agricultura e da agropecuária, com o enredo A Parábola dos Divinos Semeadores. além disso a volta da família de Castor de Andrade, com Rogério Andrade sendo presidente de honra.













Mocidade uma escola de Sambas Inesquecíveis ...

Um comentário:

  1. Senhores professores...seria de bom tom, incentivar os alunos a quando utilizarem quaisquer que sejam as imagens de terceiros, darem o credito ou da foto, ou de onde a informação foi conseguida. É com pequenos exemplos que formaremos ótimos cidadãos para um Brasil melhor no futuro.

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